Queria não me significar
com o que é insignificante
e queria não viver
como se um segundo
fosse todo o tempo que importa.
Queria matar
a insegurança molhada
e plantar orégano
no jardim de grama falsa.
Queria não ter
que me equilibrar
nos segundos restantes
para ler um trecho de livro.
Queria que o ar parasse de me faltar.
Queria salvar minha desordem
aceitar a delicadeza
e queria não viver
como se um segundo
fosse todo o tempo que importa.
Queria matar
a insegurança molhada
e plantar orégano
no jardim de grama falsa.
Queria não ter
que me equilibrar
nos segundos restantes
para ler um trecho de livro.
Queria que o ar parasse de me faltar.
Queria salvar minha desordem
aceitar a delicadeza
(que insistem colocar em mim)
e o medo das palavras
não ditas.
Queria respirar para e por agradecer.
Queria respirar.
Mas a vida
e o medo das palavras
não ditas.
Queria respirar para e por agradecer.
Queria respirar.
Mas a vida
ah, ela é
é o meu tango argentino.